Educação emocional na escola? Pode isso?

Educação emocional na escola? Pode isso?

Se a finalidade da educação é o pleno desenvolvimento integral do aluno, tal propósito deve ser contemplado tanto no plano cognitivo como no emocional.  

Além dos componentes acadêmicos, o processo de ensino-aprendizagem na escola envolve fortes componentes emocionais e sociais já que os alunos não aprendem sozinhos, mas sim em um contexto, com um professor, em companhia dos colegas e apoiados pelas famílias.

Em contato com seu entorno, a criança pequena vai construindo o significado de suas experiências emocionais a partir de suas interações com seus cuidadores. Vai elaborando, dessa forma, o conceito de si mesma, a tomada de consciência de uma realidade externa e seu pensamento (realidade interna). Os primeiros anos são decisivos na construção da autoconfiança, no sentido da segurança e na elaboração das relações interpessoais. A criança aprende constantemente no ambiente em que vive. Posteriormente, a escola se encarrega de ampliar esse ambiente.

Na escola, as competências e habilidades socioemocionais não são adquiridas por meio de um processo de ensino-aprendizagem tradicional, em que o professor diz ao aluno o que são essas competências e ele as memoriza e aprende. Mas, depende prioritariamente da prática, do treinamento e seu aperfeiçoamento.

A educação emocional é um movimento de inovação educacional. Existem inúmeras evidências que demonstram a idoneidade de se dar um protagonismo maior às emoções, realizando programas educacionais que desenvolvam as competências emocionais e sociais de alunos, professores e famílias, com a finalidade de favorecer o crescimento tanto acadêmico como pessoal de todas as pessoas envolvidas.

No programa “Aprender a ser” abordado pelos alunos do Colégio Academia como um projeto de crescimento pessoal, trabalhamos sua educação emocional de forma experiencial, progressiva e contextualizada.

O programa foi moldado com o objetivo de potencializar o talento e o bem-estar das crianças por meio da aprendizagem das competências socioemocionais. Isso inclui: aprender novos conceitos na área de educação emocional; novos comportamentos, pensamentos e emoções para atingir objetivos; aprender um vocabulário emocional que ajude a expressar  as próprias experiências; aprender sobre si mesmo (quem sou e o que quero); aprender a compreender os outros e a se relacionar melhor; melhorar a atitude em relação aos outros e, também, em relação à própria aprendizagem na escola; melhorar o bem-estar individual; melhorar o clima e a convivência na turma e em toda a escola e prevenir problemas de comportamento, como condutas agressivas e antissociais, abuso de drogas e possíveis problemas emocionais (ansiedade, depressão…). 

O programa está articulado em torno de quatro eixos: autoconhecimento, gestão emocional, empatia e bem-estar pessoal, frisando especialmente o autoconceito, como base para enfrentar os diferentes desafios que a pessoa terá ao longo da vida, e a empatia, como base para desenvolver uma boa relação com os outros. 

Trabalhar para a aquisição de competências socioemocionais potencializa a aprendizagem, é prazeroso, contribui ao desafio de atender de maneira global a todos os alunos, faz com que a diversidade seja vista como um elemento enriquecedor do processo de ensino-aprendizagem, que os alunos aprendam uns com os outros, aproxima.

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